quinta-feira, 19 de maio de 2011

Lutando contra o Inimigo!

Ontem a noite Papai não estava em casa. Era só eu e Mamãe.
Depois de brincarmos de Giz, de Mamãe me dar papá, de dividirmos umas bolachinhas que cabiam inteiras na boca, eu acabei não segurando e, ups, fiz cocô!

É engraçado que eu faço bem quietinho, e quando começo a tentar disfarçar, (pois parar a brincadeira no meio pra trocar uma fralda é o fim...), Mamãe pergunta se fiz cocô, respondo de imediato que “Não!”, mas parece que ela adivinha e me tira de uma super brincadeira me levando para o trocador.

Ontem, todo esse processo foi super normal e previsível, mas eu não contava com o que iria acontecer em seguida.
Estávamos ali, eu naquela posição meio estranha, e Mamãe conversando comigo, quando eu avistei meu maior inimigo: o Nham. Ele estava ali, parado, me olhando. Seu olhar não era normal. Logo o reconheci. Era o Nham Alfa, o chefe do bando. Aquele que sempre me acorda no meio da noite com um barulhinho baixo, porém ensurdecedor. Me morde sem dó e depois sai rindo. Fico ali, imóvel, pois meu medo é tanto, que não consigo mover um dedo sequer. Após sua saída só fica a dor, e a coceira..... como coça aquilo! No dia seguinte, nasce uma bolinha vermelhinha, que só faz alimentar o medo que sinto dele.

Quando Papai entra no meu quarto e vê que ele está superpopuloso de Nhams, ele coloca um veneno, e eles não conseguem chegar até mim, mas quando Papai esquece, minha noite não é a mesma coisa. Claro que como sou um menino grandão, não dou o braço a torcer e fico ali, sofrendo sozinho, não acordo Papai nem Mamãe, mas eles vêem no dia seguinte que fui injustamente atacado, e lembram de colocar veneno.

Então é chegado o momento em que nos encontramos numa situação de igualdade, ele com todo o seu esplendor de Nham, eu, podendo enxergar ele olho a olho, e ainda contando com a ajuda da Mamãe, que não deixaria ele se aproximar!

Mostro ele para Mamãe, no exato momento em que ele faz um gesto para mim com suas patas imundas, como que dizendo: “estou de olho em você”. Mamãe o vê, mas não dá muita importância... Creio que ele não teve o disparate em ataca-la ainda. Ela começa com aquela velha história de que se eu não me comportar direitinho, o Nham vem e faz Nhaaaac em mim à noite, e me faz coceguinhas.... Isso é tão gostoso! E essa cena só faz ele ficar ainda mais nervoso. Se mexe. Eu agarro na mão da Mamãe, com muito medo, e aponto o dito cujo. Mamãe percebe e diz que assim que ela terminar de me trocar ela me ajuda a tocar ele, e que ela não deixaria ele sequer chegar perto de mim. Que me protegeria sempre. Fiquei mais aliviado.

Começo a dizer “Sai!” pra ele. Vovó sempre fala isso para a Sindy, a cachorrinha dela, principalmente quando ela fica tentando comer as migalhas que caem do meu almoço. Mamãe sempre diz que falar assim é feio.... Falou que eu deveria pedir licença. Falar para o Nham: “Licença Nham, por favor, vá para sua casa”. Será que ela falava sério??? Obedeci. Comecei a pedir licença para o dito cujo, mas ele começou a rir de mim. Me agarrei à Mamãe. Ela me pediu calma.

Depois que ela acabou todo o procedimento de troca de fralda, me levantou e me mostrou como tocar o meu inimigo. Pegou um paninho meu, e fez vento para ele voar. Ele ficou ali, firme! Eu ajudei, e nada! Ela repetiu o movimento (sempre sendo educada e pedindo licença). Até que ele voou para o teto. E ela não desistiu, e continuou com o ventinho. Ele voou para outra parte do teto, e depois sumiu. Mamãe disse que ele finalmente foi para a casa dele. Olhei em volta, e realmente não mais o observei.

Fiquei tão feliz e aliviado, que nem me importei pelo falo dela me levar para escovar os dentes, sei bem que a ordem é dentes, água, cama. Como eu tinha certeza de que essa noite eu estaria sem inimigos no meu quarto, não liguei em ir dormir. Depois que fiquei sozinho no berço, o Tigrão me elogiou, e falou que juntamente com Mamãe, agimos feito heróis. Ele viu a expressão terrorista do Nham e sentiu muito medo, mas eu o enfrentei ferozmente. Mal ele sabe o quanto senti medo, mas não demonstrei.

Me abracei à ele, e falei igual Mamãe, que o protegeria sempre e não deixaria mais o Nham chegar perto dele. Questão de honra!

Um comentário:

JOF disse...

Adorei a parte do "fez cocô? Não!" Hahahahaha

Menina, faz um post sobre o Dudu se apresentando porque não sei a idade que ele tem...rs

Beijocas

E as mais lidas são...